Cinco homens acusados de envolvimento no assassinato de um pai de santo, em março de 2017, em Feira de Santana, foram condenados a 12 anos de prisão em regime fechado. O julgamento ocorreu, na noite de terça-feira (25), no Fórum Filinto Bastos, na cidade. O julgamento teve início por volta das 9h30 e só terminou meia-noite.
O crime aconteceu no distrito de Tiquaruçu, e teria sido cometido pelo cinco condenados a mando de outro pai de santo, identificado como Thomaz Alves. Segundo os acusados, Renildo Gonçalves de Jesus foi morto porque Thomaz estava perdendo clientes para ele. A versão foi confirmada pela promotoria durante o julgamento.
Os cinco condenados foram Antônio Marcos dos Santos Lima, Bernardo Simões das Virgens, Charlon Gabriel da Nóbrega Coelho, Tiago de Freitas Coutinho e Lázaro Jonas da Cruz Neto. O mandante do crime, que também chegou a ser preso na época das investigações, morreu de câncer em outubro de 2017.
A polícia não detalhou que tipo de câncer ele tinha, nem se morreu enquanto estava preso na cadeia. Até o dia do julgamento, os suspeitos estavam presos no Presídio Regional de Feira de Santana.
A nora da vítima, Alessandra Bispo, disse que os acusados procuraram por Renildo Gonçalves durante vários dias antes do assassinato. “Ele foi morto na frente da família. Do filho dele, o caçula. Ele foi procurado pelas pessoas que executaram ele várias vezes na semana, até que [os acusados] acharam e fizeram o acontecido”, disse ela.
Caso
A vítima foi atacada a tiros na frente do filho e da ex-mulher, na porta da casa onde morava, no dia 14 de março de 2017. Na época, quatro pessoas foram presas pelo envolvimento no crime, incluindo o mandante, Thomaz Alves. Durante as investigações, a polícia identificou outros dois suspeitos.
Segundo as investigações, os executores atiraram no pai de santo e, em seguida, fugiram do local do crime. A vítima chegou a ser socorrida e levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Em depoimento, os homens confessaram o crime e apontaram o pai de santo Thomaz Alves como mandante do assassinato. Ele foi detido no dia 21 de julho, mas negava o crime.