Diante do trâmite na Câmara Federal para transformar uma Medida Provisória em lei, alterando o Programa de Regularização Tributária (PRT) através do perdão dos débitos com a União, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional divulgou a lista completa com os deputados federais e senadores devedores.
O documento considera os débitos em nome próprio, de terceiros, daqueles que financiaram campanhas dos parlamentares e dos políticos vinculados a pessoas jurídicas com dívidas em aberto. Nesse último caso, entre os deputados federais baianos com cargos em empresas e instituições devedoras estão João Carlos Bacelar (PR), sócio-administrador da JB Empreendimentos e Participações LTDA - EPP, que sozinha deve R$ 8.167.036,05; João Gualberto (PSDB), sócio na Cleanline Produtos de Limpeza LTDA e na San Rimas Sabões LTDA e sócio-administrador na Galileo Indústria e Comércio LTDA - EPP, que devem R$ 7.403.978,25; Benito Gama (PTB), sócio-administrador da CPA Empreendimentos LTDA - EPP, que possui um débito de R$ 143.271,23; Roberto Britto (PP), presidente do Conselho Municipal de Jequié e sócio na PPS Comércio de Ferragens, louças e cerâmicas, que juntas somam R$ 47.445,36 em dívidas; e Félix Mendonça (PDT), administrador da MLC Empreendimentos LTDA., sócio na SSA Engenharia LTDA - EPP e sócio-administrador na Rádio FM Macaubense LTDA - ME, que devem R$ 53.737,28. Já na relação de parlamentares com débito no próprio nome estão Benito Gama (PTB), que deve R$ 136.886,45; seguido por José Carlos Aleluia (DEM), que deve R$ 100.461,21; Roberto Britto (PP), R$ 38.318,40; Bebeto (PSB), R$ 35.135,48; José Carlos Araújo (PR), R$ 28.318,44; Alice Portugal (PCdoB), R$ 16.016,69; e Bacelar (PTN), R$ 13.943,49. No Senado Federal, nenhum parlamentar baiano possui dívidas em nome próprio ou figuram como corresponsáveis por dívidas de terceiros com a União. Empresas, instituições, partidos e pessoas físicas também acumulam dívidas para o financiamento de campanha.
É o caso dos devedores que financiaram a campanha de Arthur Maia (PPS), que somam R$ 2.791.236.815,63; de Caetano (PT), R$ 2.457.931.208,27; de Nelson Pellegrino (PT), R$ 2.042.135.807,64; da líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal, R$ 6.668.589,59 em dívidas; de Jutahy Magalhães (PSDB), R$ 5.997.528.978,93; de Afonso Florence (PT), R$ 2.069.581,93; de Jorge Solla (PT), R$ 1.993.567,35; de Félix Mendonça, R$ 866.126,86; de José Carlos Aleluia (DEM), R$ 647.743,27; de Benito Gama (PTB), R$ 38.589.878; de Valmir Assunção (PT), R$ 8.336.584,40; de Arnaldo Jordy (PPS), R$ 2.044.197; e de João Gualberto e da hoje ministra Luislinda Valois, a que o PSDB deve R$ 3.009,24 por cada. Há também devedores entre os doadores para a campanha de Otto Alencar (PSD) ao Senado, que somam R$ 432.483.273,06 em dívidas.