A princípio, não foi possível identificar o cliente. “Recebemos esse pedido [na quinta-feira (3)]. Completamente constrangedor e desumano. Fiquei tão desconcertada que até pedi desculpas para o motoqueiro quando ele veio buscar o pedido”, disse a dona da confeitaria ao g1.
Assim, de acordo com a empresária, após a entrega o motociclista disse que duas mulheres o receberam. “Ele veio contar que elas disseram que o pedido era delas, mas que não haviam escrito aquela mensagem. Parece que uma disse que foi o marido, depois disse que não foi. Não explicaram direito”, contou a empresária.
Caso será investigado
A empresária preferiu não denunciar o caso à Polícia Civil. Segundo ela, com receio de constranger mais o entregador, achou melhor que a denúncia fosse uma decisão do profissional.
O delegado Joaquim Adorno, chefe do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), disse que não recebeu nenhuma denúncia do caso diretamente. Mas, ainda assim, a situação será investigada.
“É um crime de ação pública incondicionada, então a Polícia tem a obrigação de apurar. […] Esse tipo de comportamento pode ser configurado como prática, incitação ou induzimento ao preconceito ou discriminação de raça, cor ou etnia, […] com pena de prisão de 1 a 3 anos”, detalhou.
Ifood
O Ifood divulgou uma nota repudiando atos de descriminação. Além disso, a empresa disse que iniciará um processo de investigação interno para tomar providências necessárias, como o descadastramento do cliente.
Confira a nota na íntegra:
O iFood lamenta o caso e reforça que repudia qualquer ato de discriminação. A empresa preza por relações e ambientes seguros e livres de assédios, preconceitos e intimidação em todas ações que realiza, sempre baseado em respeito, conforme os valores presentes em seu Código de Ética e Conduta.
Por conta desse episódio, vamos iniciar um processo de investigação interno para que as devidas providências sejam tomadas, incluindo o descadastramento do cliente.
O iFood ressalta a importância de que sejam registrados em Boletins de Ocorrência junto às autoridades de segurança pública e segue à disposição para colaborar com as investigações, caso seja solicitada.
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E-mail:
moc.liamg@oacacinumocamilodnanref
Telefone:
75 99156 7107