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Atualizado: 22-11-2023 | Tempo de leitura: 2 minutos

Ministra do Turismo de Lula teria usado R$ 1 mi do fundão em gráficas fantasma



 Em sua última campanha para a Câmara dos Deputados, a ministra do Turismo de Lula, Daniela do Waguinho, do União Brasil do Rio de Janeiro, teria usado R$ 1,09 milhão em gráficas que não existem em seus endereços fiscais. As empresas pertencem a um ex-assessor de Belford Roxo (RJ), onde o marido de Daniela, Waguinho, é prefeito.

 

Foram R$ 561 mil em recursos do fundo eleitoral gastos na Rubra Editora Gráfica Ltda e R$ 530 mil na Printing Mídia Ltda. O dono de ambas é Filipe de Souza Pegado, que foi assessor no setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo em 2021, segundo o Diário Oficial do município. As informações são do Metrópoles.

 

O endereço da Rubra Editora, registrado na Receita Federal, é um escritório de coworking em um prédio comercial em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A coluna esteve no local e foi informada que o endereço serve apenas para receber correspondências e que a empresa nunca teve escritório físico no lugar.

 

Já a Printing Mídia Ltda tem como endereço fiscal um galpão em São João de Meriti, cidade vizinha à Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A reportagem também foi até o local e descobriu que no endereço funciona um frigorífico de carnes. Vizinhos do frigorífico relataram nunca terem visto uma gráfica funcionando ali ou nas proximidades.

 

A reportagem questionou a equipe de Daniela sobre onde funcionaria a gráfica em que a ministra gastou R$ 1,09 milhão e perguntou se há qualquer elemento para demonstrar que foi realmente prestado o serviço.

 

A assessoria não respondeu e disse apenas que as contas da ministra foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

 

Além de ser fornecedora da campanha de Daniela, a Rubra Editora e Gráfica Ltda também, teoricamente, prestava serviço para a Prefeitura de Belford Roxo. Em 2017, quando Daniela era secretária de Assistência Social e Cidadania do município, o Ministério Público do Rio de Janeiro tentou barrar a contratação da empresa pela prefeitura.

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