Foto: Divulgação / Wilson Dias
O futuro ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS), que vai contemplar as funções das atuais pastas de Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte, disse durante entrevista ao site O Globo que irá fazer um "pente-fino" na Lei Rouanet, utilizada como forma de incentivar a cultura.
“A Lei Rouanet não pode acabar, é importante. Mas tem que ter uma revisão das normas, eliminando a possibilidade de desvio. Não vou cortar dinheiro de quem está fazendo o trabalho correto. O que vamos fazer são regras para popularizar mais. Não elitizar o dinheiro”, afirmou o deputado.
Questionado sobre o repasse de verbas para “artistas famosos”, Terra afirmou que será “melhor distribuído”. “Não tem cabimento ter banco usando a Lei Rouanet para fazer livro que é, na verdade, propaganda do próprio banco. E tem artista com espetáculo garantido e está usando. Não tem sentido. Pode até dar para um artista famoso, mas tem que ter uma série de obrigações. Não ficar dando toda hora. O nosso teatro não vive sem a Rouanet. É bom porque mantém o teatro vivo, mas é importante o artista colocar a alma no que faz.
Com relação ao cinema nacional, o futuro ministro acredita que alguma coisa está errada, pois mesmo com a ajuda das leis de incentivo, as obras “estão atingindo no máximo 18, 19 mil espectadores”.
“Temos bons diretores. Mas a maioria das produções tem um resultado muito pequeno de bilheteria. Alguma coisa está errada. Pelo que conversei com o pessoal da Ancine, eles estão dando uma média de R$ 4 milhões por filme e essas obras estão atingindo no máximo 18, 19 mil espectadores. Temos que melhorar aí. Talvez ter um filtro maior para roteiro. Uma exigência maior para coisas que deem impacto”.