Além de ajudar a prevenir problemas lá na frente, os exercícios físicos deixam nossos neurônios mais capacitados para responder aos desafios do dia a dia, e o raciocínio mais rápido do que os piques dos grandes corredores. Movimentar o corpo fortalece tanto a massa muscular, quanto a massa cinzenta.
“Os estudos científicos apontam que a prática esportiva diminui o risco de comprometimento cognitivo leve em 35% e o de Alzheimer em 51%. Além de aprimorar o funcionamento de um cérebro considerado saudável”, explica Guilherme Reis, coordenador geral da rede Alpha Fitness.
Em uma análise de oito estudos com voluntários de diversas faixas etárias, pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, concluíram que o fato de a pessoa não gastar o dia inteiro sentada, já está associado a um melhor desempenho em testes cognitivos – e a uma probabilidade reduzida de demência. Dito de outra maneira, as células nervosas – assim como o bíceps ou a musculatura da coxa – ganham potência ao serem estimuladas por uma vida movimentada.
“As pessoas, de um modo geral, deveriam evitar o excesso de comportamentos sedentários. Levantar-se da cadeira a cada 30 minutos para dar alguns passos, subir escadas ou ir até a mesa do colega em vez de enviar um e-mail, tudo isso já ajuda a movimentar o corpo”, afirma o especialista.
A pesquisa concluiu também que, tanto modalidades aeróbicas (caminhada, bicicleta…), quanto a musculação, conferem benefícios à cabeça. E que a combinação das duas, trouxe ainda melhores resultados. Com base em testes cognitivos realizados antes, logo após a prática e meia hora depois, foi observado que todos ficaram ‘mais espertos’ em comparação com quem permanecia imóvel. “O indivíduo precisa, antes de tudo, de liberdade para optar pelo que lhe agrada e encaixar essa atividade no seu dia a dia. Toda movimentação já ajuda no resultado final”, diz Guilherme.