Atualizado: 22-11-2023 | Tempo de leitura: 1 minuto

Odebrecht teme atraso na homologação de delações e que relator interceda pelo governo


Executivos e defesa da Odebrecht estão preocupados com o que pode acontecer depois da morte de Teori Zavascki. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) era relator da Operação Lava Jato e responsável pela homologação das delações acordadas com a força-tarefa da investigação. A empreiteira teme que haja atraso no cumprimento dos acordos e que o novo relator, sendo um novo ministro indicado pelo presidente Michel Temer (PMDB), interceda a favor do governo. O próprio Temer, além de seus aliados, é citado nos depoimentos dos executivos. De acordo com a Folha, a tensão é que a homologação seja vetada. Neste caso, o acordo de colaboração passa a não ter validade. A Odebrecht assinou as delações com a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba em dezembro, quando apresentou cerca de 900 fatos criminosos envolvendo figuras como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; o secretário de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco; os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; e os tucanos Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, além de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo a Folha, a esperança dos delatores é que a ministra Cármen Lúcia, presidente da Suprema Corte, use o artigo 68 do regimento interno para redistribuir o processo em caráter excepcional. Se seguir esse caminho, um ministro da mesma segunda turma de Teori assumiria a relatoria da operação

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