Em 12 anos, a Bahia pouco evoluiu na universalização da educação. Ainda existem 1,4 milhão de pessoas que não sabem ler e nem escrever no estado – o que representa o maior contingente do Brasil. O número de analfabetos corresponde a 12,6% da população baiana, colocando o estado como detentor da 9º maior taxa de analfabetismo do país.
Apesar de ter visto sua população não alfabetizada diminuir 17,8% entre 2010 e 2022 (-308.350 pessoas) e a taxa de analfabetismo recuar de 16,6% para 12,6%, a Bahia não teve nenhum avanço no ranking nacional para esses indicadores, mantendo-se nas mesmas posições de 12 anos atrás. Isso revela que, em comparação com outros estados, a Bahia teve pouca evolução na última década.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e fazem parte do módulo Alfabetização do Censo 2022. Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo no Brasil é de 7%. São 11.403.801 pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabem ler nem escrever no país.
De 2010 a 2022, na Bahia, a taxa de analfabetismo caiu em todas as faixas etárias, mas o número de pessoas com mais de 55 anos analfabetas ainda cresceu, e 6 em cada 10 não alfabetizados estavam nesse grupo.
Nove em cada 10 municípios baianos têm taxa de analfabetismo maior do que a do estado (12,6%), liderados por Pedro Alexandre, onde 31,9% da população é analfabeta. Na contramão, Salvador lidera como a cidade com a maior taxa de pessoas alfabetizadas. A capital tem apenas 3,5% da população analfabeta.
O Nordeste concentra pouco mais da metade dos analfabetos do Brasil, 6.123.989 ou 53,7% do total. Os nove estados da região têm as nove maiores taxas de analfabetismo do país, liderados por Alagoas (17,7%), Piauí (17,2%) e Paraíba (16,0%).