Atualizado: 22-11-2023 | Tempo de leitura: 2 minutos
IBGE: População brasileira ultrapassa 210 milhões de habitantes
A população do Brasil ultrapassou a marca de 210 milhões de habitantes, de acordo com dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados nesta quarta-feira pelo Diário Oficial da União. A estimativa considera o total de habitantes nos estados e municípios em 1º de julho de 2019. O novo total (de 210.147.125 habitantes) representa uma alta de 0,79% em relação às informações obtidas pelo IBGE no ano passado. Em 2018, a estimativa era de que o país abrigava 208,5 milhões de pessoas. O crescimento identificado este ano foi menor do que o registrado entre 2017 e 2018 (0,82%). Para o economista Marcelo Neri, fundador do Centro de Políticas Sociais da FGV, o recuo evidencia a tendência de desaceleração no crescimento populacional do Brasil, influenciada por três fatores diferentes. “De um lado, há a expectativa de vida aumentando. Por outro, há uma queda de natalidade entre a população. Isso ocorre através do planejamento familiar, de maneira praticamente espontânea. E ainda há o componente migratório, que não é tão importante quanto os outros dois”, explica Neri. A queda no ritmo de crescimento é perceptível quando analisados as estimativas do IBGE para as cidades brasileiras. Dos 5.570 municípios, 28,6% apresentaram redução populacional no último ano. E aproximadamente metade deles (49,6%) cresceu entre zero e 1%. O restante (4,8%) apresentou alta igual ou superior a 2%. As maiores reduções ocorreram nos muncípios de Mulungu (no Ceará, -16%), Japurá (no Amazonas, -15,6%) e Ferreiros (em Pernambuco, -15,6%). As principais altas foram registradas em Guaraminga (no Ceará, 44,5%), Armação dos Búzios (no Rio, 21,9%) e São Gonçalo do Abaeté (em Minas Gerais, 21,2%). Para Neri, a estimativa do IBGE, associada a outros dados, pode ajudar o país a se preparar para os desafios implícitos no aumento do número de habitantes. “É uma estimativa fundamental para que se possa planejar a oferta de serviços por parte do estado e da iniciativa privada, dado os possíveis impactos nos setores escolar, de saúde, previdenciário, entre outros”, afirma o professor.