O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou nesta quarta-feira (15) que os pacientes brasileiros irão testar um "remédio promissor", com "94% de eficácia contra o coronavírus". O nome da substância não foi divulgado.
A pesquisa, citada pelo chefe da pasta, ministro Marcos Pontes, foi feita em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírus. Nas próximas semanas, 500 pacientes com a Covid-19 (exceto os em estado grave) participarão dos estudos clínicos, de acordo com o governo. Esse teste irá provar, ou não, se há eficiência contra a doença.
Segundo o Uol, o ministro afirmou que o medicamento desenvolvido por cientistas brasileiros pode ser usado por crianças e não custa caro nas farmácias. "Para garantir a continuidade dos testes clínicos, e por questões de segurança, o nome do medicamento selecionado será mantido em sigilo até que os resultados dos testes clínicos demonstrem a sua eficácia em pacientes", informou o ministério.
"O que se pode adiantar é que o fármaco tem baixo custo, ampla distribuição no território nacional e sua administração não está relacionada a efeitos colaterais graves e que pode ser usado por pessoas de diversos perfis inclusive em formulações pediátricas", completou.
Pontes destacou que os reagentes usados no remédio são produzidos no Brasil, o que "não nos deixa dependentes de outros países". Um especialista ouvido pelo Uol, o infectologista José David Urbaéz Brito, classificou o anúncio do ministério como um "desserviço" que, de modo irresponsável, "faz aumentar a expectativa de uma população vulnerável submetida ao medo".